Quem nunca ouviu falar na famosa “Orelha de Abano”? Essa deformidade é uma das mais comuns a afetar a região da cabeça e pescoço, estando presente em aproximadamente 5% da população em geral. Para corrigir esta alteração, existe a cirurgia plástica da orelha, também conhecida como Otoplastia.

A Otoplastia envolve procedimentos direcionados para o tratamento de deformidades na orelha como: ausência parcial ou total dos tecidos locais, colamento do pavilhão à porção lateral da cabeça, dobra anormal da cartilagem, orelhas proeminentes, que são as “orelhas de abano”, além de sequelas de traumas ou infecções locais.

É recomendável que a Otoplastia seja realizada a partir dos sete anos de idade, que normalmente é a fase em que o desenvolvimento auricular está completo. No entanto, também é preciso enfatizar que o procedimento não é capaz de anular os efeitos do envelhecimento natural do indivíduo, que geralmente ocasionam a frouxidão e consequente queda gradativa dos tecidos.

Para que a Otoplastia seja feita, normalmente, o cirurgião plástico coletará toda a história clínica do paciente, explicando sobre o procedimento, a técnica utilizada, bem como seus riscos, limitações e cuidados pós-cirúrgicos. A cirurgia costuma ser feita em ambiente hospitalar, com anestesia local e/ou sedação  e alta do hospital  dada no mesmo dia.

Após a alta hospitalar, o paciente deve retornar  no primeiro dia pós-operatório para retirar o curativo e iniciar a utilização de uma faixa elástica ou gorro com efeito protetor contra trauma, por aproximadamente 15 dias de forma contínua, e depois deste período, utilizá-la somente para dormir. Normalmente, os pontos são retirados  duas semanas após a cirurgia.

Os benefícios emocionais e psicológicos em muitos casos são os mais favoráveis após a realização da Otoplastia, visto que a aparência das orelhas está diretamente ligada à autoestima, convívio social e aceitação com a própria aparência.