Você já ouviu falar de Fibrose ou sabe qual sua relação com as cirurgias plásticas? A Fibrose é uma cicatriz interna formada através de um tecido conjuntivo fibroso em resposta a um ferimento ou dano, reparando a área afetada.

Da mesma forma que nossa pele cicatriza depois de alguma lesão externa, os tecidos internos também passam por um processo de cicatrização. A fibrose faz parte desse processo natural de cicatrização interna e normalmente não causa problemas para as pacientes, desaparecendo após alguns meses. No entanto, por vezes ela pode interferir negativamente nos resultados da sua cirurgia plástica.

Quando a fibrose vira um problema?

Quando realizamos um procedimento estético como a lipoaspiração, por exemplo, pequenos orifícios são necessários para permitir a entrada das cânulas de aspiração, o que acaba originando pequenas fibroses.

Nos casos em que as cicatrizes internas são poucas e pequenas, elas não afetam o resultado da cirurgia plástica. Também é comum que nos primeiros meses após a cirurgia, o paciente sinta certo endurecimento na região operada, como se estivesse “repuxando” a pele, porém a sensação começa a diminuir com o passar do tempo.

Contudo, em alguns casos pode ocorrer o que os cirurgiões chamam de fibrose excessiva, caracterizada por tamanhos e quantidades maiores de cicatrizes internas. Tal processo resulta em irregularidades na pele da região operada, podendo causar dor, desconforto, endurecimento e surgimento de nódulos.

Por que isso acontece?

Agora que você já sabe do que se trata, vamos explicar o motivo disso acontecer!

A cirurgia plástica causa lesões para as células, comumente provocando uma reação inflamatória acompanhada de inchaço e hematomas causados pelo extravasamento de sangue dos vasos sanguíneos da pele. Quando isso ocorre, o corpo naturalmente começa a trabalhar para cicatrizar a lesão, como já mencionamos, porém em alguns casos há um acúmulo de proteína na região operada, fazendo com que as células responsáveis pelo processo de cicatrização do tecido conjuntivo, principalmente os fibroblastos, exerçam seu papel em excesso, produzindo colágeno a mais do que o necessário.

É mais frequente o aparecimento da condição duas semanas após a cirurgia plástica, sendo que a área fica com um aspecto mais proeminente nos três primeiros meses. Depois desses seis meses, as fibroses começam a se atenuar, apesar de não desaparecerem por completo.

Saiba como evitar as fibroses

A fibrose não é totalmente evitável por se tratar de um processo do próprio corpo em reação à lesão, porém existem algumas medidas capazes de diminuir as chances de ter uma complicação derivada dessas cicatrizes internas.

A primeira medida indispensável para o sucesso do seu procedimento estético é realizá-lo com um profissional de confiança que seja membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) e inscrito no Conselho Regional de Medicina (CRM) do seu estado. A escolha segura é fundamental pois o profissional é responsável por escolher a técnica cirúrgica mais adequada e realizá-la de modo que cause o menor nível de trauma possível na região operada.

Além disso, as orientações do seu cirurgião após o procedimento devem ser seguidas disciplinarmente, desde os cuidados diários até a indicação de uso da cinta modeladora, que costuma ser utilizada por um mês em média. Lembre-se de realizar o seu sonho de se submeter a uma cirurgia plástica com responsabilidade e cuidando de si mesma ao longo de todo o processo!