Em 2018, foram registrados mais de dois milhões de diagnósticos de câncer de mama, o tumor mais frequente em mulheres do mundo (sem considerar os melanomas da pele). No total, esse câncer representou 24% de todos os diagnósticos de tumores em 2018, no Brasil apresentando um percentual ainda maior: 29% dos casos de câncer.
Essa enfermidade é caracterizada pelo crescimento anormal e descontrolado de células defeituosas na mama, originando um tumor. Muitas vezes, o caroço que surge pode ser confundido com um nódulo benigno, mas esses nódulos também colaboram com os riscos de desenvolver um tumor maligno e apenas um médico especialista pode dar um diagnóstico completo.
Por ser um tumor que se desenvolve nas mamas, os homens também correm risco de ter esse tipo de câncer, mas é algo muito raro (os diagnósticos representam menos de 1% dos casos). Neste ARTIGO falarei um pouco sobre os tratamentos e sobre a cirurgia de reconstrução mamária.
Autoexame e tratamentos
Alguns fatores comuns que influenciam no surgimento do câncer de mama são: obesidade, sedentarismo, tabagismo, fatores genéticos, uso de anticoncepcionais e tratamentos de reposição hormonal. Algumas mulheres podem contar com mais de um desses fatores, o que as colocam em um grupo de risco elevado (mas isso não quer dizer que a doença será inevitável, nesses casos).
O diagnóstico do câncer pode ser realizado pela própria paciente por meio do autoexame, que pode ser feito em frente ao espelho, durante o banho ou deitada. Todos os métodos visam tocar e sentir os seios de forma a encontrar possíveis irregularidades ou o surgimento de um caroço. O modo mais comum é o do espelho, que consiste em:
- Em frente a um espelho, observar os dois seios;
- Começar com os braços caídos, depois colocar as mãos sobre a cintura e fazer força;
- Colocar os braços atrás da cabeça para poder ver mais claramente o tamanho e formato dos mamilos;
- Pressionar os mamilos e se atentar caso saia alguma secreção.
Ao notar qualquer alteração nas mamas, é necessário buscar ajuda médica para, caso haja um diagnóstico, iniciar o tratamento. O tratamento varia de acordo com a origem do câncer, mas geralmente as terapias mais comuns são a quimioterapia, radioterapia e, quando o tumor continua evoluindo com os tratamentos convencionais, a cirurgia.
A cirurgia visa remover o tumor, o que também significa retirar parte ou até as mamas por completo. Isso traz grandes alterações para o corpo e aparência da mulher, podendo influenciar diretamente em sua autoestima. Felizmente, existe um procedimento estético que pode resolver essa questão.
Reconstrução mamária
A reconstrução mamária pode ser imediata ou tardia. Na imediata, a cirurgia plástica já é realizada logo após a remoção das mamas, enquanto na tardia existe um intervalo de tempo maior entre as duas cirurgias.
A cirurgia varia de acordo com a quantidade e a localização do tecido retirado. O método mais comum é usando próteses de silicone, principalmente quando a paciente não tem tecido o bastante para reconstruir as mamas.
Outra opção é usando expansores, onde uma prótese vazia é aplicada sob a pele e é inserido soro fisiológico gradualmente, até atingir o tamanho desejado pela paciente. O processo é concluído com a remoção do expansor e a aplicação de uma prótese definitiva, mas também é possível colocar a definitiva direto, pulando a primeira etapa.
Outro método comum é usando retalhos para construir a mama, ou seja, pedaços de tecido retirados de outra parte do corpo da paciente. Geralmente, esses retalhos são retirados do reto abdominal ou do músculo grande dorsal.
É muito importante conversar com um cirurgião plástico antes de realizar a mastectomia e estar ciente das opções e possibilidades de reconstrução mamária, assim como decidir entre uma cirurgia imediata ou tardia. Tem alguma dúvida? Marque uma consulta e venha saber mais!